domingo, 26 de maio de 2013

XEQUERÊ

Instrumento percussivo de origem africana (gegê-nagô-yorubá), feito com uma cabaça envolta numa rede de malhas grandes, em cujas interseções, e eventualmente em todo fio da malha, são colocadas sementes, que atualmente foram substituídas por material sintético (miçangas).


O xequerê é um variante do maracá, uma espécie de "maracá grande", sem cabo e com uma malha aberta na parte inferior. Seu interior é vazio, sem percutidores, o que o diferencia das maracas, tendo um som forte, produzido através do atrito entre as miçangas e o corpo externo da cabaça oca, ao ser sacodida.

Ao longo de todo o continente africano é chamado de diferentes nomes, como o lilolo, axatse (Gana), e chequere. É predominantemente chamado shekere na Nigéria.



material:

* uma cabaça grande
* linha encerada
* miçangas coloridas






















como fazer:


  1. Corte um pequeno pedaço da menor extremidade da cabaça, retire as sementes, limpando-a bem, por dentro e por fora.
  2. Pegue a linha encerada, dobre-a de maneira que fique em linha dupla, passe em volta do "pescoço" da cabaça sem apertar.
  3. Preencha a linha dupla de miçangas de maneira a formar um "colar" e amarre no "pescoço" da cabaça.
  4. Conte as miçangas e divida-as por um número múltiplo. Essa divisão indicará quantas linhas duplas serão usadas para trançar a cabaça, criando a malha de miçangas. Exemplo: 50/5=10. A cada 5 miçangas, um pedaço de linha dupla deverá ser colocado.
  5. Corte os pedaços de linha dupla de tamanho 3 vezes maior que o necessário para envolver a cabaça. Depois que as linhas forem colocadas, inicie o trançado, colocando o mesmo número de miçangas em cada linha, nessa etapa, amarrando-as, sem apertar muito. Repita esse processo até toda a cabaça estar envolta em miçangas.
Para finalizar, basta dar um nó na extremidade da cabaça com o pedaço de linha que restar.
























































(fotos de acervo pessoal, tiradas durante as aulas de construção de instrumentos, na turma LEM 1ª período da UEMG/2013, sob a supervisão da professora Sonia Assis.)

PAU-DE-CHUVA



O pau-de-chuva é um instrumento musical idiofónico, ou seja, é o próprio corpo do instrumento que produz o som, instrumento de percussão e ritmo com um som musicalmente impreciso, próximo ao que chamamos de ruído, de origem indígena.
Muitos destes instrumentos têm forte presença em cerimônias religiosas ou na prática de rituais xamânicos, em sessões de santería cubana, que geraram ritmos populares como o son, o mambo, etc., denunciando alguma influência indígena na música negra cubana.
São desta família também diversos tipos de chocalhos africanos, alguns formados apenas por um corpo qualquer revestido com uma malha de fios e contas.





material:

* tubo de papelão
*chave de fenda ponta fina ou furadeira
*palitos de fósforo grande
*fita crepe/cola
*alicate ou lima
*arroz cru






como fazer:


  1. Fazer furos com a chave de fenda (ou furadeira) acompanhando a linha espiral do tubo de papelão até atravessá-lo.
  2. Preencha os furos com palito de fósforo, deixando a cabeça do palito pelo lado de fora. Cole os palitos para que não soltem.
  3. Feche uma das bordas utilizando um círculo de papelão com cola, ou fita adesiva.
  4. Coloque uma porção de arroz cru, fechando a outra borda com outro círculo de papelão.
  5. Com alicate ou lima, elimine a cabeça dos palitos.
Decore o pau-de-chuva com tinta, papel de presente, sisal ou material à sua escolha.































































































































(fotos de acervo pessoal, tiradas durante as aulas de construção de instrumentos, na turma LEM 1ª período da UEMG/2013, sob a supervisão da professora Sonia Assis.)

GANZÁ

Instrumento de percussão utilizado no samba e em outros ritmos brasileiros, é classificado como um idiofone, executado por agitação. Em outras regiões pode ser conhecido pelos nomes: canzá, caracazá, amelê, pau-de-semente, xique-xique, xeque ou xeque-xeque, chocalho, caracaxá, ou xaque-xaque.

É um tipo de chocalho, geralmente feito de um tubo de metal ou plástico em formato cilíndrico, preenchido com areia, grãos de cereais ou pequenas contas. O comprimento do tubo pode variar de quinze até mais de 50 centímetros. Os tubos podem ser duplos ou até triplos.

Há uma certa controvérsia a respeito das origens do ganzá: alguns pesquisadores afirmam que o instrumento é de origem africana; entretanto, moradores da comunidade indígena Catu dos Eleotérios - localizada entre os municípios de Canguaretama e Goianinha (no estado do Rio Grande do Norte, no Brasil) - afirmam que o ganzá é uma variação do maracá. Segundo moradores da citada comunidade, na primeira metade do século XX, fazer uso de maracás era proibido devido à ligação desse instrumento com os antigos cultos indígenas (dos quais o catimbó-jurema é uma ramificação). Por isso, os caboclos desenvolveram o instumento e passaram a ritmar suas toadas com ganzás. A possibilidade de o ganzá (também chamado "pau de cimento") ser de origem indígena se torna maior quando percebemos a semelhança que há entre o citado instrumento e o "pau de chuva", dos índios.
Durante a primeira metade do século XX, uma lata de óleo ou de algum outro produto era levada aos mestres funileiros, que moldavam o instrumento derramando dentro da lata pedacinhos de chumbo.
(fonte: Wikipédia)




material:

* 2 latas (leite condensado ou
creme de leite, etc)
* 1 lata  (nescau, farinha láctea, etc)
* cabo de vassoura
(aproximadamente 30 cm)
* milho, feijão ou miçangas








como fazer: (sem cabo)

  1. Com as latas preparadas (limpas, secas e sem o rótulo), coloque o milho, feijão ou miçanga, de acordo com a sonoridade desejada.
  2. Junte-as pela abertura, unindo-as com durex.
  3. Pinte-os como desejar.

(com cabo)

  1. Coloque o cabo dentro da lata, centralizado, e prenda-o com dois pregos.
  2. Recorte no centro da tampa, um círculo, que permita que o cabo fique bem justo ao ser encaixado.
  3. Adicione os grãos ou as miçangas, de acordo com a sonoridade pretendida.






































































(fotos de acervo pessoal, tiradas durante as aulas de construção de instrumentos, na turma LEM 1ª período da UEMG/2013, sob a supervisão da professora Sonia Assis.)